Por: Augusto França
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Reinventar e inovar são as palavras do século. Estamos passando por uma Quarta Revolução Industrial, estamos vivendo a modernidade, o atual, o verdadeiro e em uma época onde quase nada é impossível. Mas só há um problema em relação a tudo isso, muito discutido pelos sociólogos atuais: o grande crescimento da desigualdade social. Por mais que hajam ferramentas de política pública e cultura em massa, além da intensificação de programas sociais como forma de apoio, essas ferramentas não conseguem saturar a necessidade de inclusão digital da sociedade.
O filósofo Zygmunt Bauman explana o fato de que tudo nesse mundo é passageiro, tudo nesse mundo é líquido. Vive-se em uma sociedade onde a liquidez toma conta dos fatores sociais, evoluímos a cada minuto, segundo, centésimo, a todo momento. A Cibercultura consiste em uma nova forma de cultura, mas uma cultura inovadora que tem como principal papel a implantação da tecnologia na vida das pessoas. A ideia é o ponto chave em uma sociedade onde o favorecimento tenta ser igualitário, mas não é, em uma sociedade onde o menos é menos e o mais é mais, é a cultura contemporânea sendo injetada na veia da sociedade como uma vacina que aos poucos vai surgindo efeitos.
O pesquisador André Lemos enaltece em sua teoria, a ideia da estrutura recombinante pregada pela cibercultura, a remodelagem das coisas e até o desenvolvimento como forma de alienação a inovação e a forma como ela se adapta aos poucos, e às vezes, muito rápido. Para se entender a diferença entre a cibercultura e os meios de manifestações socioculturais, é preciso se ter uma noção básica da forma como eles são aplicados a realidade. Afinal, assim como cita o próprio André, toda cultura é antes de tudo, híbrida; formação de hábitos, costumes e processos sócio-técnico-semióticos. A diferença a se considerar entre os meios de cultura e comunicação ou os chamados meios socioculturais são as funções que eles exercem sobre a sociedade e a forma como isso é aplicado. Se formos considerar as características que cada uma exerce sobre os fatores sociais, vamos está fazendo uma análise não tão breve quanto a esses fatores já que suas análises não são tão pequenas. Uma coisa é certa, essas culturas dependem de produção, emissão e conectividade em todos os sentidos, tanto no social quanto no sentido da inclusão digital.
Pierre Lévy dedica sua vida ao estudo da cibercultura, sendo conhecido até como o filósofo, historiador e pensador ascensor do estudo dessa corrente cultural, e em sua teoria ele estuda o impacto da internet e a forma como essas culturas sofrem modificações com o uso da tecnologia ao passar dos tempos. Ainda vivo, com 64 anos, morador de Paris, pode ser considerado um pensador moderno na sociedade atual. Em sua obra denominada "Cibercultura", ele enfatiza o uso da cibercultura e a diferença entre a cibercultura e os outros meios de cultura propagados no mundo,como o mundo se adapta a isso também.
A TV, por exemplo, pode ser vista como um meio de associação cultural que pode ou não influenciar as pessoas, assim como a cibercultura, se bem que nos últimos tempos estamos presenciando uma junção das mais diversas culturas em uma só, uma forma de cultura total diversificada, quanto mais feita a junção deles, mas temos uma sociedade que se adapta ou tenta se adaptar ao novo, ao moderno.

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